Convidamos Luiz Cesar Fiuza da Cunha Malveira, autor do livro Roda de Contos, para contar um pouco da sua história e como surgiu a ideia de escrever sua obra. Confira a seguir.
Luiz Cesar Fiuza garante ter trabalhado em diversas áreas, porém o ofício mais amado é o atual, vovô! Quanto à escrita, comentou: “sempre gostei de escrever, mas nunca havia pensado em redigir um livro. Durante a pandemia, contudo, a filha mais velha chegou pra mim e disse, ‘pai, não vamos poder comemorar os noventa anos do vô (pai de Luiz) ... o que acha de escrever um livro pra ele?”.
A partir desse primeiro trabalho, distribuído apenas entre familiares e amigos, Fiuza começou a criar histórias, invariavelmente inspiradas em fatos reais, históricos ou lendários. Num deles, transformou o insano tratamento de canal sem anestesia, realizado pelo pai, em um duelo, do qual o velho emergiria vitorioso, após sangrenta batalha contra o sicário odontólogo.
Tendo nas filhas seu conselho editorial, nomeou a primogênita como revisora, mas foi a caçula quem sugeriu o nome Roda de Contos, uma alusão às rodas de samba frequentadas pelo escriba e, assim como o som dos instrumentos constrói um todo musical, os contos obedecem a um só ritmo, apesar das distintas melodias. As vinte e três histórias, a despeito da difusa inspiração, guardam um liame com o norte do autor, sempre levar mensagens positivas, embora nem sempre felizes.
As narrativas passeiam pelas relações humanas, tangenciam o misticismo, as memórias e, às vezes, até a filosofia, sem pretender enveredar por qualquer ciência. Ao final de cada uma podemos encontrar apenas o lúdico, uma lição de vida ou uma mensagem de esperança, ainda que, na origem, tenham sido inspiradas em episódios tristes.
Para o autor, cada conto é como um filho, mas, assim como na vida real os filhos são diferentes, no livro cada conto mexe com um tipo de sentimento. Assim, o conto “Uma Boa Troca”, traz à luz um episódio que poderia ter tido desfecho trágico, mas que o Universo conspirou por um final feliz, ao proferir uma sentença de amor, tornando neto do ofendido, o neto do vilão.
Em “Gente Que Faz Falta”, o autor descreve um personagem, já falecido, que, antes de morrer aos oitenta e cinco anos, vendeu seu único bem, o apartamento em que vivia, e doou todo o dinheiro para um amigo tratar o filho, doente de câncer, num renomado hospital estadunidense.
Já no conto “Dia dos Namorados”, Fiuza revela toda sua inabilidade culinária, ao contar que a namorada, recordando de intragáveis quitutes, se recusou a comer da comida que havia preparado para comemorar a data.
Essa e outras histórias emocionantes você encontrará em Roda de Contos. Para adquirir, basta acessar o site da Editora CRV.