Autores: Mariana Oliveira dos Santos - Helio Ricardo Machado Lopéz
O livro que apresentamos ao leitor é o resultado de uma série de pesquisas, discussões e debates que foram realizadas desde 2008 até os dias de hoje, envolvendo as áreas de saúde e educação para pacientes hipertensos, tendo como referência a Teoria da Subjetividade Histórico-Cultural.
No primeiro capítulo abordamos o modelo biomédico, que até hoje ainda é hegemônico nos cuidados com a saúde, ao qual tecemos uma crítica sobre as limitações impostas por esse modelo na condição do tornar-se sujeito frente à patologia e como as assimetrias relacionais, médico-paciente, podem impactar a saúde-doença.
No capítulo seguinte realizamos uma análise entre os dois principais modelos de educação em saúde: o tradicional e o dialógico, fazendo uma crítica e apontando algumas alternativas ao processo pedagógico na educação em saúde.
No terceiro capítulo trazemos à discussão o aporte da complexidade e da subjetividade para dialogar com os processos de educação-saúde-doença, em que apontamos as principais categorias conceituais da subjetividade com o objetivo de apresentar um novo entendimento sobre os temas em questão.
Dando continuidade à discussão, no capítulo que segue definimos conceitualmente as categorias saúde, doença e educação em saúde a partir da perspectiva histórico-cultural da subjetividade, em que delineamos uma nova via e novos modelos de inteligibilidade sobre como ocorrem as interligações e interrelações entre o sujeito e saúde, envolvendo os contexto social e individual em que acontecem essas relações.
No próximo capítulo apresentamos a metodologia construtivo-interpretativa, de base qualitativa, que dialoga com o referencial teórico por nós adotado, que subsidia um estudo de caso realizado com uma pessoa hipertensa, em que se torna possível visualizar a relação das categorias conceituais da subjetividade histórico-cultural na pesquisa e a forma como são utilizadas na construção da informação.
Finalizando, o que pretendemos com esse livro e com a utilização do escopo teórico da subjetividade com relação à educação em saúde é introduzir categorias que instiguem novas reflexões sobre a prática de ensino no campo da saúde, possibilitando uma remodelagem dos processos de ensino-aprendizagem desvinculada de propósitos finalísticos (meio-fim). Assim, torna-se viável a emergência de um sujeito ativo frente às exigências e dinâmicas subjetivas que cobram seu posicionamento no processo saúde-doença, e sua responsabilidade sobrepõe-se à da repetição mimética e acrítica do aprendido.
Editora: EDITORA CRV
ISBN:978-85-444-0269-6
DOI: 10.24824/978854440269.6
Ano de edição: 2014
Distribuidora: EDITORA CRV
Número de páginas: 160
Formato do Livro: 14x21 cm
Número da edição:1
Mariana Oliveira dos Santos
É psicóloga, especialista em Gerenciamento de Projetos e atualmente cursa Pós-Graduação Stricto Sensu em Educação na Universidade de Brasília (UnB), na qual também é membro pesquisadora do Grupo de Estudos e Pesquisa em Psicologia e Educação (GRUPPE). Seu foco de interesse em pesquisas está centrado na subjetividade em interface com temas da Educação e da Saúde articulados ao estudo da aprendizagem, desenvolvimento humano, criatividade e emergência do sujeito em seus diferentes espaços relacionais, sendo que atualmente tem se dedicado em especial ao contexto do trabalho e organizações. É sócia-diretora do Quiron Instituto de Desenvolvimento Humano onde atua com psicologia clínica e realiza consultoria em psicologia organizacional e educação corporativa.
Helio Ricardo Machado Lopéz
É psicólogo, doutorando em Educação com ênfase no contexto empresarial pela Universidade de Brasília (UnB), mestre em Educação e Saúde pela UnB, especialista em Gerenciamento e Planejamento de Projetos pela FGV e pesquisador do Grupo de Estudos e Pesquisa em Psicologia e Educação (GRUPPE) pela UnB, onde está vinculado à linha de pesquisa: Escola, Aprendizagem, Ação Pedagógica e Subjetividade na Educação – EAPS, eixo: Subjetividade e representações sociais nos espaços educativos. Possui foco de interesse em pesquisas nas temáticas: significação da subjetividade no desenvolvimento humano; estudo dos processos educativos e subjetivos nas organizações; a produção de sentido subjetivo e a educação na prática psicoterápica e nas instituições empresariais e de ensino. Atualmente é diretor do Quiron Instituto de Desenvolvimento Humano atuando com Gestão de Pessoas, Educação Corporativa e Psicoterapia.