Autores: Marina Perini Antunes Ribeiro
A presente obra tem como objetivo analisar o princípio constitucional da individualização da pena como expressão da pena sendo manipulada como mecanismo de controle social, e um verdadeiro mito moderno da punição humanizada. Pretende-se verificar que apesar de se apresentar como direito fundamental, a individualização da pena configura uma tentativa de conferir legitimidade ao irracional ato de castigar. A pena individualizada, supostamente individualizada manifesta o caráter estigmatizante, seletivo e excludente do exercício do poder punitivo, enquanto despreza a humanidade do condenado, que é reduzido a mero dano qualificado e isto é feito propositalmente, ele não é ressocializado para que se mantenha a ordem de exclusão. Para o fim de comprovar essa hipótese, a pesquisa se apoia na referência da teoria do poder de Michael Foucault e Giorgio Aganbem, que consideram o crime como uma criação política, a partir da forma como a sociedade reage a determinada conduta, e como instrumento de manutenção das relações de poder. A unidade de medida da pena é individualizada pelo impulso de normalizar, punir e excluir um indivíduo que é destituído de sua condição de sujeito para se tornar simples objeto de investigação. Observa-se assim, que a condição humana do sujeito se perde em meio as fracassadas tentativas de equacionamento da pena, principalmente diante da prioridade atribuída a mecânica da punição em detrimento da condição humana.
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Editora: EDITORA CRV
ISBN:978-85-444-0740-0
DOI: 10.24824/978854440740.0
Ano de edição: 2016
Distribuidora: EDITORA CRV
Número de páginas: 168
Formato do Livro: 14x21 cm
Número da edição:1