Autores: Pedro Lyra
EDITORA CRV LANÇA LIVRO
QUE NASCEU DE UMA LONGA POLÊMICA
O LIVRO
É uma comparação entre essas duas formas de exploração poética da palavra: o Poema e a Letra-de-música, através de uma minuciosa análise das sutis diferenças em 14 campos estéticos por onde se espraiam a obra poética e o texto musical: 1) quanto à estrutura; 2) quanto à criação; 3) quanto à enunciação; 4) quanto à temática; 5) quanto à substância; 6) quanto à expressão; 7) quanto à percepção; 8) quanto à atitude; 9) quanto à perspectiva; 10) quanto à autonomia; 11) quanto ao nível; 12) quanto ao destinatário; 13) quanto à recepção; 14) quanto ao consumo.
Desse confronto, o autor deduz que não se deve tratar a letra-de-música como poema.
O livro fecha com uma crítica à programação da tevê, que abre um vasto espaço para o esporte, para o cinema, para a narrativa trivial e para música nem sempre de boa qualidade, e ignora a poesia.
A ORIGEM
Como o próprio autor informa na Apresentação, o livro surgiu da polêmica travada com alguns letristas da música popular brasileira nas páginas do Jornal do Brasil (e que se estendeu para outros veículos como O Globo, Rádio Nacional, CBN e TV-E) em 1995, quando da publicação de Sincretismo – A poesia da Geração-60.
E tudo porque, entre os 45 poetas antologiados do segmento da “Tradição Discursiva” dessa geração, ele não incluiu letristas, por não considerá-los como poetas.
Esse debate continua até hoje.
Editora: EDITORA CRV
ISBN:978-85-8042-048-7
DOI: 10.24824/978858042048.7
Ano de edição: 2011
Distribuidora: EDITORA CRV
Número de páginas: 222
Formato do Livro: 14x21 cm
Número da edição:1
Pedro Lyra
Nasceu em Fortaleza-CE, a 28.1.1945.
Foi professor de Língua Portuguesa na UFPb, de
Por 10 anos, foi colaborador do Jornal do Brasil (1976-85), onde recenseou grande parte da obra poética da Geração-60, reunida nos 2 volumes de O real no poético, que lhe valeu o Prêmio de Ensaio da APCA em 1987, e serviu de base para a organização de Sincretismo. Colaboração retomada em 2008.
É sócio titular do PEN Club do Brasil, seção do Rio. Coordenador por 20 anos da coleção Nossos Clássicos da Editora Agir, onde organizou os volumes dedicados a Vinícius de Moraes (1984), a Carlos Drummond de Andrade (em parceria com Fernando Py) e a Camões (épico), refazendo a edição original de Aires da Mata Machado Filho, e reeditou vários outros nomes. Organizou também a antologia poética de Neide Archanjo (Poesia. Rio, Guanabara,1986); a 15a edição da Luz mediterrânea de Raul de Leoni (Rio, Topbooks, 2000) e a antologia do poeta para a coleção “Melhores Poemas” da Editora Global (São Paulo, 2002); também para a Global, o volume dos Anos 60 no Roteiro da Poesia Brasileira. Reviu (com Marco Lucchesi e Alexei Bueno) e apresentou o texto da versão portuguesa da Jerusalém libertada de Tasso, para a Editora Topbooks (1998). Ex-editor e atual membro da Comissão Editorial da revista Tempo Brasileiro e colaborador da revista Colóquio/Letras e do Jornal de Letras, Artes e Idéias, de Lisboa.