Autores: Giselly dos Santos Peregrino
Nesta obra, pesquisou-se a poética de Manoel de Barros – sobretudo, Memórias inventadas: a Infância, de 2003 – em uma busca do porquê de o poeta (se) escrever com infância, elegendo-a educadora de seus leitores. Examinou-se, por conseguinte, o modo como o poeta mato-grossense reivindica uma educação pela infância. Buscaram-se diferentes perspectivas sobre o conceito de infância visando delinear que infância Manoel de Barros realmente propicia em sua obra. Para ele, que pensa “renovar o homem usando borboletas”, o leitor precisa perceber a infância como um acontecimento, isto é, precisa errar como nos anos primevos, tendo consciência de que não sabe tudo, não fala tudo, não vê tudo ainda e, portanto, pode aprender. Para tal, todavia, precisa permitir que a infância aconteça. Averiguou-se que Manoel de Barros opera com temporalidades não cronológicas e defende que não há motivos para abandonar a infância, mesmo sendo adulto. Por isso, postula a infância como condição humana permanente e investe em um projeto de educação dos seus leitores pela infância.
Este livro, originário da dissertação de Mestrado da professora Giselly Peregrino, é de suma importância a todos os leitores, em especial em tempos que as pessoas sobrevivem aos dias automaticamente, esquecendo-se e abrindo mão de viver com encantamento, olhar inaugural, amorosidade e empatia – em estado de infância. Sem dúvida, esta obra é um convite à infância, estando o leitor em qualquer etapa da vida.
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Editora: EDITORA CRV
ISBN:978-85-444-1509-2
DOI: 10.24824/978854441509.2
Ano de edição: 2017
Distribuidora: EDITORA CRV
Número de páginas: 150
Formato do Livro: 14x21 cm
Número da edição:1
GISELLY PEREGRINO
É licenciada em Letras (Português/Literatura) pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), mestra em Letras (Literatura Brasileira) e doutora em Ciências Humanas (Educação) pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Possui especialização em Educação de Jovens e Adultos e em Educação Especial/Inclusiva: Deficiência Auditiva/Surdez pela Universidade Gama Filho (UGF), além de aperfeiçoamento em Atendimento Educacional Especializado para Alunos Surdos e em Ensino de Língua Brasileira de Sinais pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Já atuou como docente na educação básica da rede municipal de ensino do Rio de Janeiro (RJ) e de Nova Iguaçu (RJ) bem como de instituições privadas. Também atuou como professora a distância, dentre outros, no curso de pós-graduação em Educação Especial: Deficiência Auditiva/Surdez da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO) e no curso de pós-graduação em Educação de Jovens e Adultos na Diversidade e Inclusão Social da Universidade Federal Fluminense (UFF). É professora de Língua Portuguesa e Literatura no Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES) e líder do grupo de pesquisa Estudos em Ensino-Aprendizagem de Língua Portuguesa e Literatura para Surdos. Além de sua sólida formação acadêmica e atuação no magistério há mais de uma década, Giselly Peregrino também é Terapeuta Reiki e Terapeuta Floral.