Autores: Andréia Baia Prestes
Segundo definição dada pelo dicionário Aurélio, Abrigo significa “lugar de proteção e refúgio; Fig. Refúgio, conforto, segurança e proteção; casa de caridade onde se recolhem os desamparados: desabrigados, crianças, idosos, etc.; ambiente protegido natural ou artificialmente contra os efeitos de um bombardeio: abrigo anti-atômico”. (Sinônimos: asilo, refúgio, retiro).
A escolha do título desta dissertação procura exatamente conjugar a contradição presente nesta etnografia: estar “ao abrigo da família” significa encontrar-se protegido junto à família, ou estar protegido da família? Qual vem a ser, de fato, a situação que se configure como ‘o melhor interesse da criança’?
De acordo com a norma legal, crianças e adolescentes são afastadas do convívio familiar em função de situações que as colocam em risco, sendo colocadas, ‘em caráter provisório’, em Instituições onde devem residir até que seja possível sua reintegração ou colocação em um novo grupo de parentesco. No entanto, é necessário que se considere que este lapso temporal não é necessariamente curto, menos ainda será uma experiência vazia. Por isso, deve-se visualizar o tempo do abrigamento como concreto, produtor de significados e constituinte de sujeitos. Assim, importa indagar como se constitui a experiência do abrigamento. Que cotidiano, que emoções, que relações se estabelecem entre os indivíduos que vivenciam a experiência do abrigamento? É o que se procura desvelar ao longo das páginas dessa etnografia.
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Editora: EDITORA CRV
ISBN:978-85-8042-125-5
DOI: 10.24824/978858042125.5
Ano de edição: 2011
Distribuidora: EDITORA CRV
Número de páginas: 172
Formato do Livro: 16x23 cm
Número da edição:1
Andréia Baia Prestes
É mestre em Antropologia Social pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), possui graduação em Direito pelo Centro Universitário de Desenvolvimento do Centro Oeste, e especialização em Direito Internacional e Comex pela Universidade Positivo - UNICENP. Trabalha atualmente na Coordenação do Setor de Ações Educativas do Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade Federal do Paraná MAE UFPR. Tem experiência nas áreas de Antropologia, Educação e Direito, com ênfase na Antropologia da Infância, Direitos da Criança e do Adolescente, bem como em ações de cunho educativo e inclusivo no espaço museológico, direito internacional e cooperativismo.