CEGUEIRA E INVENÇÃO:
cognição, arte, pesquisa e acessibilidade
Autores: Virgínia Kastrup
Entendendo a cognição como invenção, recusa a abordagem negativa da deficiência, pautada nas ideias de falta, déficit e defeito. Numa outra direção, avança com a ideia que o sistema cognitivo não é algo dado, mas se autoproduz por meio de práticas concretas. São as ações que configuram o sistema cognitivo e também o mundo conhecido, num processo de co-engendramento. E isso vale para pessoas cegas e videntes.
Além de utilizar referências teóricas de Gilles Deleuze, Félix Guattari, Francisco Varela e Oliver Sacks, dentre outros, os textos são baseados em entrevistas de explicitação realizadas com pessoas cegas e com baixa visão, que contribuíram na colocação dos problemas da pesquisa acerca do funcionamento cognitivo das pessoas com deficiência visual. Por meio de parcerias com pessoas cegas, métodos de primeira pessoa e do método da cartografia construímos diferentes modos de participação e inclusão na pesquisa, visando potencializar diferentes saberes. O livro reúne 14 textos que são organizados nas seções: “Desenhando o campo problemático”, “Atenção e processos de criação numa oficina de cerâmica”, “Acessibilidade estética em museus de arte” e “Imagens”.
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Editora: EDITORA CRV
ISBN:978-85-444-2372-1
DOI: 10.24824/978854442372.1
Ano de edição: 2018
Distribuidora: EDITORA CRV
Número de páginas: 246
Formato do Livro: 16x23 cm
Número da edição:1
VIRGÍNIA KASTRUP
Doutora em Psicologia Clínica (PUC-SP), Professora Titular do Instituto de Psicologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro e bolsista PQ do CNPq na área de Psicologia Cognitiva. Publicou A invenção de si e do mundo (2007), Políticas da Cognição (Kastrup, Tedesco e Passos, 2008) e Histórias de cegueiras (Kastrup e Pozzana, 2016). É uma das organizadoras de Pistas do Método da Cartografia v.1 (Passos, Kastrup e Escóssia, 2009), Pistas do Método da Cartografia v.2 (Passos, Kastrup e Tedesco, 2014), Exercícios de ver e não ver: arte e pesquisa com pessoas com deficiência visual (Moraes e Kastrup, 2010) e Movimentos micropolíticos em saúde, formação e reabilitação (Kastrup e Machado, 2016). Suas pesquisas se articulam em torno do problema da invenção, com desdobramentos sobre a aprendizagem, a atenção, a arte e a deficiência visual.
FILIPE HERKENHOFF CARIJÓ
Doutor em Psicologia, Programa de Pós-graduação em Psicologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Professor do Departamento de Psicologia Geral e Experimental da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
MARIA CLARA DE ALMEIDA
Doutora em Psicologia, Programa de Pós-graduação em Psicologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Professor do Departamento de Psicologia Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro,
LUIZ GUILHERME VERGARA
Doutor em Artes, New York University. Professor do Departamento de Arte e das pós-graduações em Estudos Contemporâneos das Artes e Cultura e Territorialidade da Universidade Federal Fluminense.
RAQUEL GUERREIRO
Mestre em Psicologia, Programa de Pós-graduação em Psicologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
ELIANA SAMPAIO
Doutora em Psicologia, Ecole de Hautes Etudes en Sciences Sociales/CNRS, Paris (1986). Pos-doutourada na University of MadisonWisconsin, USA (1992) e Livre Docente “Habilitation à diriger des recherches” pela Université Paris V (1994). Professeure titulaire de la chaire Handicap e diretora do Laboratoire Brigitte Frybourg do Conservatoire National des Arts et Métiers/Paris.