Capa do livro: VERDADE, SABER E PODER NA FILOSOFIA DA IDADE MÉDIA

VERDADE, SABER E PODER NA FILOSOFIA DA IDADE MÉDIA

Autores: Nilo César Batista da Silva (Org.)

Este livro é uma coletânea de textos de Filosofia produzidos por pesquisadores em diferentes contextos de pesquisa nas diversas universidades brasileiras. Pretende oferecer ao leitor uma breve reflexão em atenção a um problema basilar para a História da Filosofia Medieval, a saber, o tema da Verdade e sua relação com o Saber e o Poder.
Nos primeiros séculos do medievo, o tema da Verdade relacionado à busca da sabedoria demarca o ponto de partida e o decurso de toda especulação filosófica. Tal ocorrência é percebida desde Santo Agostinho (354) a Tomás de Aquino (1225). De fato, o tema da Verdade influenciará todo o percurso da História da Filosofia ao longo do medievo e alcançará a modernidade filosófica. Em cada momento histórico, os autores buscam conciliar aspectos históricos com esquemas sistemáticos e conceituais, apresentando uma urdidura de relações entre as diversas instâncias do saber filosófico e demarcando transversalidade na epistemologia, na ontologia e na moral.
No âmbito da moralidade, percebe-se que a doutrina agostiniana condiciona a fruição do desejo de felicidade ao conhecimento da Verdade, cuja posição se radicaliza na ideia de que somente por meio da Verdade se conhece e se possui o Soberano Bem, desse modo, somente é feliz aquele que desfruta deste Supremo Bem.
Os ensaios compilados nesta obra foram escritos de forma clara e acessível, em que cada autor foi cerzindo suas investigações no percurso meditativo e reflexivo das principais doutrinas filosóficas da tradição medieval, passando por vários clássicos, como Santo Agostinho, Santo Anselmo, Mestre Eckhart e Tomás de Aquino. Torna-se importante dizer que o intuito ao organizar este livro não foi apenas pretender demonstrar a existência de sistemas e doutrinas sobre as noções de Verdade, Conhecimento e Vida Política na Idade Média, mas, sobretudo, exercitar o leitor na exegese hermenêutica de textos latinos, considerados de imensa relevância para nos auxiliar na compreensão das estruturas da realidade do pensamento humano vigente. Também, é relevante notar que o leitor poderá identificar uma alteridade da Verdade implícita na escrita dos textos, ou seja, cada escritura implica na experiência do autor com o pensamento da tradição em que pode e deve ser interpretado por diversas abordagens, mas sem nunca perder o fio condutor de onde emerge a questão, a saber, que além da verdade lógica imbricada na tessitura da linguagem deve existir, certamente, uma verdade ontológica, a qual determina a essencialidade de cada ser na sua relação com o Criador. 

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Editora: EDITORA CRV
ISBN:978-85-444-3213-6
DOI: 10.24824/978854443213.6
Ano de edição: 2019
Distribuidora: EDITORA CRV
Número de páginas: 214
Formato do Livro: 16x23 cm
Número da edição:1

VERDADE, SABER E PODER NA FILOSOFIA DA IDADE MÉDIA
NILO CÉSAR BATISTA DA SILVA
Doutor em filosofia pela Universidade do Porto (U. PORTO). Atualmente exerce a docência em Filosofia Medieval na Universidade Federal do Cariri (UFCA). Coordena o NEAFI – Núcleo de Estudos agostinianos e Idade Média no Curso de Filosofia da UFCA, Membro e coordenador do GT/ANPOF Agostinho de Hipona e o Pensamento tardo-antigo (2018/2020). É membro da Sociedade Brasileira para o Estudo da Filosofia Medieval e da Société Internationale pour l'Étude de la Philosophie Médiévale. Desenvolve estudos sobre mística e neoplatonismo na Idade Média, com ênfase no Pensamento de Santo Agostinho. Nesta edição apresenta o texto “Noções de verdade e saber no Diálogo sobre o livre arbitrio de Santo Agostinho, ampliando, dessa forma, a discussão sobre a Metafísica e a Epistemologia agostiniana.

MARIA CÉLIA DOS SANTOS
Doutora em Filosofia pela Universidade do Porto (U. PORTO), atualmente exerce a docência em filosofia na Universidade Federal do Cariri – UFCA, onde desenvolve pesquisa em Filosofia Medieval, notadamente concentra estudos no pensamento de Santo Agostinho e de Edith Stein. Membro do GT/ANPOF Agostinho de Hipona e o Pensamento tardo-antigo. Nesta edição apresenta o texto, “Saber, Fé e Razão na obra De vera religione de Santo Agostinho”. por meio do qual, demonstra a grande contribuição da obra, A Verdadeira Religião para a estética medieval.

MARCOS ROBERTO NUNES COSTA
Doutor em Filosofia, pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (2000), notadamente desde o ano 2000 investiga o pensamento de Santo Agostinho. Membro do GT/ANPOF Agostinho de Hipona e o Pensamento tardo-antigo. Atualmente exerce a docência em filosofia na Universidade Federal de Pernambuco UFPE. O texto apresentado nesta edição é resultado de suas pesquisas realizadas na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) sobre a natureza da alma em Santo Agostinho.

SÍLVIA MARIA DE CONTALDO
Doutora em Filosofia Medieval pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (2011). Membro do GT/ANPOF Agostinho de Hipona e o Pensamento tardo-antigo.Exerce a docência em Filosofia na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais desde 1977. Na Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia, desde 2008, supervisiona o Estágio Curricular da Licenciatura em Filosofia e leciona Filosofia da Educação. Lecionou no Instituto Santo Tomás de Aquino as disciplinas de História da Filosofia Medieval e Práticas de ensino em Filosofia, de 1989 a 2014. O texto apresentado nesta edição, Santo Agostinho, Ordo Justitiae, o bem próprio da cidade, onde apresenta uma imensa contribuição de pesquisa no ãmbito ético-moral na filosofia agostiniana.

RICARDO EVANGELISTA BRANDÃO
Doutor em Filosofia pelo Programa Integrado de Doutorado em Filosofia das Universidades Federais de Pernambuco /Paraíba / Rio Grande do Norte (2016). Atualmente é professor de Filosofia no Instituto Federal de Pernambuco, IFPE. Investiga História da Filosofia medieval, com ênfase no pensamento de Santo Agostinho, atuando principalmente em temas ligados à Filosofia da Natureza, Estética, Cosmologia. Nesta edição apresenta um estudo, “Breves considerações acerca do conceito de justiça em Agostinho de Hipona”, onde pretende oferecer uma ampla visão da filosofia moral agostiniana.

MANOEL VASCONCELLOS
Doutor em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (2003), tendo realizado estágio doutoral na Università degli Studi di Padova, Itália (2002). Realizou estágio pós-doutoral na área de Filosofia Medieval, na Universidade do Porto, Portugal (2012). É professor associado da Universidade Federal de Pelotas, atuando junto ao Programa de Pós-Graduação em Filosofia. Tem experiência na área de Filosofia, com ênfase em Filosofia Medieval. Atualmente coordena o GT da Anpof Filosofia na Idade Média. É membro da Sociedade Brasileira para o Estudo da Filosofia Medieval e da Société Internationale pour l'Étude de la Philosophie Médiévale. Nesta edição apresenta um estudo, “Verdade e retidão no pensamento moral de Santo Anselmo”.

LUÍS CARLOS SILVA DE SOUSA
Doutor em filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Atualmente e? professor efetivo da Universidade da Integrac?a?o Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB/CE), Membro do Programa de Pós-graduação em Filosofia da Universidade Federal do Ceará (UFC) e da Socie?te? Internationale pour l'E?tude de la Philosophie Me?die?vale. Desde 2001 desenvolve estudos em Filosofia Medieval, sobretudo na área da Escolástica, com ênfase em Tomismo e Filosofia transcendental. Nesta edição ele apresenta o texto, “Tomás de Aquino e a metafísica negativa: sobre as ideias divinas, STh. Ia, q. 84 a. )” em que acentua a imensa contribuição da teoria do conhecimento tomista para o campo da epistemologia e da metafísica.

CLÁUDIO PEDROSA NUNES
Doutor em Ciências Jurídico-Filosóficas pela Universidade de Coimbra (2011). Possui pós-doutorado em Direito pela Universidade de Coimbra (2014). Atualmente e? Professor Adjunto IV do Curso de Direito da Universidade Federal de Campina Grande PB de Campina Grande e Juiz do Tribunal Regional do Trabalho da 13ª Região. É pesquisador dos Grupos de Estudo e Pesquisa Principium da Universidade Estadual da Paraíba e Observatório de Cultura, Educação e Direitos Humanos da Universidade Federal de Campina Grande. Pesquisa na área de Filosofia do Direito e Direito Medieval. Nesta edição apresenta uma contribuição sobre o direito em Santo Tomás de Aquino, por meio do texto: “O bem comum jurídico-político na doutrina de Tomás de Aquino”.

MARIA SIMONE MARINHO NOGUEIRA
Doutora em Filosofia Medieval pela Universidade de Coimbra – Portugal. Exerce a docência em Filosofia na Universidade Estadual da Paraíba UEPB e é Professora Colaboradora do PPGLI – Programa de Pós-Graduação em  Literatura e Interculturalidade da Universidade Estadual da Paraíba. Pesquisa textos medievais com ênfase no Neoplatonismo e na Mística Medieval, atuando principalmente com Plotino, Pseudo-Dionísio, Mestre Eckhart e Nicolau de Cusa. Investiga também a Filosofia produzida pelas mulheres ao longo da História da Filosofia, sobretudo a mística feminina e a filosofia de Marguerite Porete e Simone Weil. Na Pós-Graduação dentre os temas orientados estão: as literatas medievais e o horizonte do sagrado; a escrita feminina como uma escrita de transgressão; a ideia da autorrepresentação do feminino nos escritos medievais; mulheres e relações de poder na Idade Média; a escrita feminina como necessidade de vida; a formação de uma memória coletiva nos textos femininos medievais; estudos comparativos de autoras medievais com autoras modernas e contemporâneas. Atualmente é líder do Principium – Núcleo de Estudo e Pesquisa em Filosofia Medieval (UEPB/CNPq), Pesquisadora do Apophatiké – Grupo de Estudos Interdisciplinares em Mística (UFF/CNPq) e vice-líder do SACRATUM – Hermenêutica filosófica e literária em diálogo com o estudo do sagrado (UFPB/CNPq). Nesta edição apresenta um estudo sobre “Marguerite Porete e Mestre Eckhart: algumas aproximações”.

URSULA ANNE MATTHIAS
Doutora em Filosofia pela Universidade Pontifícia da Santa Cruz (1996). Atualmente exerce a docência em Filosofia na Universidade Federal do Ceará UFC, atuando principalmente nos seguintes áreas: Filosofia Medieval, Antropologa, Fenomenologia, Edith Stein, Metafísica, Ética e Filosofia da Religião. Coordenadora do grupo de estudos em Filosofia Fenomenológica de Edith Stein CNPq/UFC – GEFFES. Membro do GT/ANPOF de Edith Stein e o Círculo de Gotinga. Coordenadora do projeto de tradução bilingue dos textos de Edith Stein Alemão/Português. Nesta edição apresentou um estudo sobre a importância de De ente et essentia para Ser Finito e Ser Eterno de Edith Stein.

JOSÉ TEIXEIRA NETO
Bacharel em Filosofia pela Faculdade Eclesiástica de Filosofia João Paulo II da Arquidiocese do Rio de Janeiro (1994); bacharel em Teologia pelo Ateneo Pontificio Regina Apostolorum-Roma/Itália (1998); mestre em Filosofia Sistemática pela Pontifícia Universidade Gregoriana-Roma/Itália (2000) e doutor em Filosofia pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (2012), Estágio de Doutorado na Universidade de Coimbra. Atualmente exerce a doceência em Filosofia na Universidade do Estado do Rio Grande do Norte – UERN , Coordenador do Mestrado Profissional em Filosofia; Membro do Grupo de Pesquisa pesquisa em filosofia medieval – Principium (UEPB); Editor da Revista Trilhas Filosóficas. Nesta edição apresenta um estudo sobre a Mística Medieval – Mestre Eckhart.

VALDETONIO PEREIRA DE ALENCAR
Doutor em Filosofia, estudo concentrado na área de Lógica e Metafísica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2015), mestrado em Filosofia pela Universidade Federal do Ceará (2007) e graduação em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Ceará (2004). Atualmente, é professor adjunto da Universidade Federal do Cariri, onde coordena o Curso de bacharelado em Filosofia, desenvolve pesquisa na área de Nominalismo, Teoria de Tropos e Semântica dos Termos Singulares. Nesta edição apresenta um estudo sobre a “Definição de Nominalismo como Problema Filosófico”.

ANDREI VENTURINI MARTINS
Graduado em Filosofia, Doutor em Filosofia, pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUC/SP (2011). Realizou pesquisa financiada pela CAPES, na UNIVERSITÉ DE CAEN BASSE-NORMANDIE (França) em maio/2010 a maio/201 para finalização de sua tese de doutoramento em Blaise Pascal. Exerce a docência em filosofia INSTITUTO FEDERAL DE SÃO PAULO (IFSP), é autor das seguintes obras: A Verdade é Insuportável (2015) Notas, introdução e Tradução do Discurso da Reforma do Homem Interior de Cornelius Jansenius (2016) e Do Reino Nefasto do Amor Próprio (2018). Atualmente é membro da Associação Brasileira de Filosofia da Religião ABFR, onde desenvolve pesquisa em filosofia e religião. Nesta edição apresenta um estudo sobre a origem do mal em Blaise Pascal com reverberações no medievo.

JOÃO CLÁUDIO DA CONCEIÇÃO
É bacharel em Teologia – Ateneu Pontifício Regina Apostolorum (Roma, 2002) e Faculdade Católica de Fortaleza (2017), possui Mestrado em Ética pela Pontifícia Universidade Gregoriana (Roma, 2005) e UFRN; doutorado em Filosofia da religião pela Pontifícia Universidade São Tomás de Aquino (Roma, 2009). Exerce a docência em Filosofia na Universidade Tiradentes (UNIT/SE). Desenvolve investigações em filosofia do Direito e Hermenêutica jurídica na Fanese – Faculdade de Administração e Negócios de Sergipe. Nesta edição oferece sua contribuição ao apresentar um estudo sobre a ética tomista e sua influência no humanismo de Jacques Maritain.