Capa do livro: Mulheres negras nas universidades: <Br>Reflexões insurgentes para uma escalada emancipatória

Mulheres negras nas universidades:
Reflexões insurgentes para uma escalada emancipatória

Autores: Adriana Castro Araújo - Natália Viviane Santos de Menezes - Tainah Pinheiro Moreira - Juliana Nogueira Avelar (Orgs.)

No mundo ocidental, a primeira Universidade foi criada na cidade italiana de Bologna, no século XI, em 1088. No Brasil, surgiu de forma muito tardia, somente no século XX, mais especificamente em 1920, denominada “Universidade do Brasil”, atual Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Nos primórdios, além da diminuta oferta de vagas, as Universidades brasileiras eram frequentadas majoritariamente por membros da elite da sociedade ou integrantes da classe média. Nas reivindicações dos movimentos sociais femininos, nas décadas de 1960 e 1970, estava a pauta por maior acesso à educação, ainda que por e para mulheres brancas abastadas. Posteriormente à Constituição Federal de 1988, ocorreu o fenômeno da ampliação e da democratização do acesso à Educação Superior, que, não obstante, esbarra em dificuldades estruturais para garantir a permanência da mulher, especialmente a mulher negra e pobre. Assim sendo, produções intelectuais que se debrucem sobre as vivências, os empecilhos, as dificuldades e os entraves existentes no espaço universitário sob a perspectiva do recorte de gênero, revelam-se extremamente relevantes. Os resultados dos vários estudos apresentados na obra “Mulheres Negras na Universidade - Reflexões Insurgentes para uma Escalada Emancipatória” desnudam a cruel realidade enfrentada por mulheres universitárias, permeada por lutas, vitórias e derrotas. Revelam, não obstante, o porvir que está sendo forjado pelas vivências universitárias e os conhecimentos em consolidação dessas autênticas amazonas, com o fito de libertá-las da opressão denunciada melancolicamente por Chico Buarque, nos versos de “Mulheres de Atenas”:

Elas não têm gosto ou vontade.
Nem defeito, nem qualidade.
Têm medo apenas.
Não têm sonhos, só têm presságios.
O seu homem, mares, naufrágios.

- Wagner Bandeira Andriola

Professor Titular da Universidade Federal do Ceará (UFC), Pesquisador Nível 1B do CNPq e Pós-Doutorando em Antropologia e Psicologia Social na Universidad de Salamanca (España).

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Editora: EDITORA CRV
ISBN:978-65-251-6970-5
ISBN DIGITAL:978-65-251-6971-2
DOI: 10.24824/978652516970.5
Ano de edição: 2024
Distribuidora: EDITORA CRV
Número de páginas: 156
Formato do Livro: 14x21 cm
Número da edição:1

  • PREFÁCIO - 11
  • A GENTE NÃO QUER SÓ COMIDA: reflexões sobre a equidade das políticas de assistência estudantil na educação superior - 15
  • RACISMO, POLÍTICAS DE COTAS E REPARAÇÃO HISTÓRICA PARA MULHERES NEGRAS NAS UNIVERSIDADES - 37
  • POSITIVAÇÃO DA IDENTIDADE NEGRA E RECONHECIMENTO RACIAL - 55
  • A CRÍTICA MARXISTA À TEMÁTICA DAS MULHERES NEGRAS NO CONTEXTO CAPITALISTA - 77
  • POLÍTICA DE COTAS, MULHERES NEGRAS NA UNIVERSIDADE E O DIREITO DE SONHAR - 93
  • DAS SUBJETIVIDADES ÀS ESTRUTURAS: uma leitura racializada da experiência universitária - 111
  • A NARRATIVA DO NÃO LUGAR - 133
  • ÍNDICE REMISSIVO - 149
  • SOBRE AS AUTORAS - 151
ADRIANA CASTRO ARAÚJO

É Doutora em Educação pela Universidade Federal do Ceará (UFC), mestre em Políticas Públicas e Gestão da Educação Superior pela UFC e graduada em Pedagogia (UFC). Tem experiência nas áreas de Educação, Políticas Públicas, Ação Afirmativa e Avaliação Institucional. É professora do Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas e Gestão da Educação Superior (POLEDUC) e do Curso de Especialização em Gestão Universitária (GUNI), ambos da UFC. Faz parte do Grupo de estudo e pesquisa E-LUTA vinculado à Faculdade de Educação (UFC). Desenvolve atividades de pesquisa junto à Linha Educação, Estética e Sociedade do Programa de Pós-Graduação em Educação Brasileira da UFC.

ANA CLARA MORAIS ROCHA

Possui graduação em Filosofia pela Universidade Federal do Ceará. Dedica-se a pesquisas do campo de estudos da Filosofia Decolonial, que possui o objetivo de libertar a produção de conhecimento da episteme eurocêntrica. Atua como educadora social na Secretaria dos Direitos Humanos e Desenvolvimento Social, da Prefeitura de Fortaleza.

FRANCISCA MARTÍR DA SILVA

É advogada, professora de Direito e atualmente ocupa o cargo de Secretária Executiva da Secretaria da Igualdade Racial do Ceará. Mestra em Avaliações de Políticas Públicas pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Coordenou a Assessoria Jurídica da Secretaria Municipal de Educação de Fortaleza. De 2020 a 2022 foi coordenadora Especial de Políticas Públicas da Igualdade Racial do Ceará. Pesquisadora da UFC, tem experiência na área de Ciência Política, com ênfase em Administração Pública, atuando principalmente nos seguintes temas: políticas públicas e direitos sociais; participação e controle social; movimentro negro e de mulheres no Ceará.

JOSEFA JACKLINE RABELO

Professora Titular da Universidade Federal do Ceará. Graduação em Pedagogia pela Universidade Federal do Ceará (1992); mestrado em Educação pela Universidade Federal do Ceará (1997) e doutorado em Educação pela Universidade Federal do Ceará. Pós-Doutora pela École des Hautes Études en Sciences Sociales – EHSS – Paris-França sob a supervisão do Professor Michel Löwy e com bolsa do CNPq (2013-2014) Professora permanente do Programa de Pós-Graduação em Educação Brasileira da Universidade Federal do Ceará. Editora da Revista Eletrônica Arma da Crítica.

JULIANA NOGUEIRA AVELAR

Possui graduação em Ciências Sociais pela Universidade Estadual do Ceará, graduação em Direito pela Universidade Federal do Ceará e mestrado em Sociologia pela Universidade Federal do Ceará. Analista de Pesquisa pelo Geogian College, Ontario, Canadá. É integrante do Núcleo de Estudos em Raça e Interseccionalidades da UFC – NERI e servidora técnica da Universidade Federal do Ceará. Tem experiência de pesquisa com ênfase em Sociologia e Antropologia Urbana, Antropologia da Política, relações étnico-raciais e elites.

NATÁLIA VIVIANE SANTOS DE MENEZES

Doutoranda em Educação pela Universidade Federal do Ceará. Mestra em Ciência e Tecnologia de Alimentos também pela Universidade Federal do Ceará. Nutricionista graduada pela Universidade Estadual do Ceará. Servidora pública na Universidade Federal do Ceará, vinculada ao Restaurante Universitário que integra a Pró-reitoria de Assistência Estudantil. Atua com ênfase em cultura alimentar, cozinha afrodescendente, controle de qualidade e sustentabilidade em Unidades de Alimentação e Nutrição, educação nas relações étnico-raciais. Desenvolve atividades de pesquisa junto ao projeto “Vivências das mulheres negras cotistas na Universidade”.

ROSÂNGELA RIBEIRO DA SILVA

Pedagoga pela Universidade Estadual do Ceará -Uece; Doutora em Educação Brasileira pelo PPGEB da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Ceará -UFC; Profa. Adjunta do Instituto de Humanidades/Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira – UNILAB, campus Ceará; Coordenadora da Linha de Pesquisa Gênero e Raça: fundamentos onto-históricos na sociedade de Classes /Grupo Interdisciplinar Marxista/Unilab, Ceará; Vice-coordenadora do Projeto de extensão Ciclo de Debates Marxistas/Gim/Unilab; Vice-Coordenadora do Núcleo de Estudos Africanos e Afrobrasileiros e Indígenas – Neaabi/Unilab.

RUTH MARIA DE PAULA GONÇALVES

Professora da Universidade Estadual do Ceará. Pós – doutora em Psicologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN. Doutorado em Educação pela Universidade Federal do Ceará. Professora do Programa de Pós – graduação em Educação – PPGE UECE.

TAINAH PINHEIRO MOREIRA

É Mestre pelo Programa de Pós-graduação em Administração e Controladoria da Universidade Federal do Ceará (UFC) e graduada em Administração de Empresa pela Universidade Estadual do Ceará (UECE). Desde 2012, exerce o cargo de Administradora na Universidade Federal do Ceará. Desenvolve pesquisas nas áreas de organizações, políticas públicas e educação. Atualmente, integra o projeto de pesquisa “Mulheres Negras Cotistas na Universidade”.

TAMYLLE KELLEN ARRUDA PRESTES

Mestranda em Políticas Públicas e Gestão da Educação Superior pela Universidade Federal do Ceará. Psicóloga formada pela Universidade Federal do Ceará – UFC Campus Sobral. Psicóloga Escolar / Educacional na Universidade Federal do Ceará, campus Crateús, vinculada a Divisão de Apoio Educacional. Atua com ênfase em permanência estudantil, integração acadêmica, desenvolvimento de habilidades de estudo e acessibilidade. Desenvolve atividades de pesquisa junto ao projeto “Vivências das mulheres negras cotistas na Universidade”.