Capa do livro: História pública com anciãos moçambicanos na interface com as pinturas rupestres de Chinhamapere

História pública com anciãos moçambicanos na interface com as pinturas rupestres de Chinhamapere

Autores: Inácio Márcio de Jesus Fernando Jaquete - Cyntia Simioni França

Depois de um tortuoso processo de descolonização, seguido de guerra civil, Moçambique busca o delicado equilíbrio entre tradição e modernidade, almejando modernizar-se sem romper os laços com suas raízes culturais que garantem sua identidade e singularidade. Nesta obra, os autores incitam à reflexão sobre a importância da partilha de memórias e narrativas dos mestres moçambicanos na interface com as pinturas rupestres de Chinhamapere para a preservação da memória, construção das identidades locais e mentoria das novas gerações. As autoridades “tradicionais”, apoiadas pelos ancestrais representados nas figuras rupestres de Chinhamapere, mantêm vivas as tradições e o rico patrimônio cultural da comunidade, incorporando diversos significados e interpretações que enriquecem a compreensão da história e cultura de Moçambique. Estas pinturas rupestres são elos multidimensionais que unem tradição e modernidade, facilitando a transmissão de valores éticos, morais e conhecimentos em medicina, línguas, arte e religião entre diferentes gerações. A partilha dessas memórias fortalece a(s) identidade(s) cultural(is) de Moçambique e a coexistência entre tradição e modernidade, assegurando que as futuras gerações possam aprender e se inspirar nas heranças do passado.

Solange Luis
Docente angolana do Instituto Superior de Ciências da Educação – ISCED- HUÍLA



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Editora: EDITORA CRV
ISBN:978-65-251-7395-5
ISBN DIGITAL:978-65-251-7396-2
DOI: 10.24824/978652517395.5
Ano de edição: 2025
Distribuidora: EDITORA CRV
Número de páginas: 214
Formato do Livro: 16x23 cm
Número da edição:1

APRESENTAÇÃO – 11
PREFÁCIO – 17
INTRODUÇÃO – 21

PARTE 1
Um Convite às Memórias Moçambicanas

CAPÍTULO 1
A Escuta das Bibliotecas Vivas é Resistir e (Re)Existir – 29

CAPÍTULO 2
Do Campo da História Pública ao Terreno das Tradições das Pinturas Rupestres de Chinhamapere – 41

CAPÍTULO 3
Bibliotecas Vivas: depositárias das tradições da comunidade de Chinhamapere – 55

PARTE 2
Patrimônio Cultural: de Africanos com e para Africanos

CAPÍTULO 4
Paradoxos do Continente Africano: outros lados que precisamos considerar – 65
Outros Lados do Continente Africano – 69

CAPÍTULO 5
Patrimônio Cultural em Moçambique – 91

CAPÍTULO 6
Pinturas Rupestres: um patrimônio cultural multidimensional – 99

PARTE 3
Conhecendo Chinhamapere

CAPÍTULO 7
Abrindo Caminho para a Província de Manica e Chinhamapere – 105
Conhecendo a Província de Manica e seu Povo – 111

CAPÍTULO 8
Mapeando as Pinturas Rupestres e a Comunidade de Chinhamapere – 115

PARTE 4
Oralidade em Sociedades de Culturas Acústicas e Partilha de Saberes e Fazeres Nativos

CAPÍTULO 9
A Oralidade e seus Sentidos em Sociedades de Cultura Acústica – 123

CAPÍTULO 10
Pensar e Agir pelas Brechas: possibilidades de saberes e fazeres “outros” – 137
O que a Medicina Moderna não Pode Tratar, a “Tradicional” Cuida – 138
Ensinaram-me a Rezar e Adorar os Ancestrais – 146

PARTE 5
Partilha de Memórias e Experiências dos Anciãos da Comunidade de Chinhamapere

CAPÍTULO 11
Queimam-se as Bibliotecas, mas Permanecem Suas Narrativas: homenagem ao Ancião Niquisse – 157
Percursos, Organização e Realização dos Tchiwaras – 159

CAPÍTULO 12
Partilhando Tchiwaras – 163
Primeiro Tchiwara: Confluência de Gerações – 165
Os Sentidos dos Tchiwaras – 187

CONSIDERAÇÕES – Para Não Fechar os Tchiwaras – 193
POSFÁCIO – 199
ÍNDICE REMISSIVO – 209

INÁCIO MÁRCIO DE JESUS FERNANDO JAQUETE

Doutorando em História na Área de concentração de Cultura e Política na Universidade Estadual de Maringá (UEM). Mestre em História Pública pela Universidade Estadual do Paraná (Unespar) – Campus Campo Mourão (2023). Graduação em ensino de História com habilitação em ensino de Geografia pela Universidade Pedagógica (UP-Nampula) Moçambique (2016). Integrante do Grupo de Estudos Odisseia (Unespar Campo Mourão). Áreas de interesse: História da África, Memória, Ensino de História e Pensamento decolonial.

CYNTIA SIMIONI FRANÇA

Doutora em Educação pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Mestra em História Social pela UEL (Universidade Estadual de Londrina). Graduada em História pela Universidade Estadual de Londrina. Coordenadora do Grupo de Estudos Odisseia (Unespar). Docente do Programa de Pós-Graduação em História Púbica (PPGHP), do Programa de Pós-Graduação em Ensino de História (ProfHistória) e do curso de licenciatura em História da Universidade Estadual do Paraná (Unespar). Coordenadora do GT/PR Ensino de História e Educação – ANPUH-PR (2022-2024). Coordenadora do Laboratório do Ensino de História (LEHIS) na Unespar (2022-2024). Dedica-se às temáticas: Produção de Conhecimentos Históricos e Educacionais, ensino de História, Práticas de memórias e narrativas na interface com a História Pública. Pesquisa em rede com Instituto de Ciência e Educação na cidade de Lubango em Angola.