Autores: Sebastião Marques Cardoso
Nestes estudos sobre poéticas da mestiçagem, de Sebastião Marques Cardoso, temos reflexões atuais sobre as bases críticas da formação de nosso imaginário nacional e também sobre as que se desenharam nos países africanos de língua oficial portuguesa, na particularidade da Guiné-Bissau.
O processo colonial criou hábitos que continuam em nosso imaginário. É evidente que somos europeizados e que aprendemos muito com as experiências de outros povos, inclusive com os que se beneficiam das assimetrias dos fluxos culturais. Entretanto, devemos nos colocar como sujeitos dessas interlocuções. Trata-se de um processo longo e problemático, discutido nestes ensaios de Sebastião Marques Cardoso por referência inicial a Oswald de Andrade e a João do Rio. Como descortinar uma identidade híbrida, plural, ante a permanência de formas mais antigas que continuavam a “colonizar” nosso imaginário? Sem dúvida, é uma situação diferente da vivenciada na atualidade pelo escritor guineense Abdulai Sila.
Impõe-se igualmente à crítica atual, como se realiza nos textos desta coletânea, uma atitude crítica diante dos repertórios culturais que nos envolvem. Uma atitude que leva à crioulização de Édouard Glissant.
Editora: EDITORA CRV
ISBN:978-85-8042-929-9
DOI: 10.24824/978858042929.9
Ano de edição: 2014
Distribuidora: EDITORA CRV
Número de páginas: 144
Formato do Livro: 16x23 cm
Número da edição:1
Sebastião Marques Cardoso. Pós-doutorado pelo Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas da Universidade de São Paulo (USP, Brasil), crítico literário, pesquisador e professor universitário. Trabalha como docente permanente do Departamento de Letras Estrangeiras e do Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN, Brasil). Autor de Oswald de Andrade: anti-heroísmo, literatura e crítica (2010) e João do Rio: espaço, técnica e imaginação literária (2011), ambos os livros publicados pela Editora CRV.